quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

COISAS DA JUSTIÇA

Em apertada síntese, tenta-se desvendar os mistérios da Justiça, que a todos nem sempre convence. E mesmo por que, não seria possível convencer a todos, indistintamente. Perde-se alguns, ganham-se outros. E assim a justiça vai se fazendo, ou perfazendo.
Quanto aos fatos políticos instigantes ocorridos na região, têm-se que há um disparate entre as decisões, de um e de outro lado.
Todos os representantes do Ministério Público que passaram pela Comarca de Santa Bárbara foram unânimes em pleitear a cassação do diploma dos atuais governantes de São Gonçalo do Rio Abaixo, tanto quanto do ex-governante. E mais que isso, pleitearam ainda sua inelegibilidade.
No entanto, o primevo julgador não acompanhou a mesma linha de raciocínio dos doutos Promotores. Coisas da Justiça. E que não se pode afirmar que sejam certas ou erradas estas decisões. Todas são fundamentadas.
Noutro destino, o primevo julgador dos processos eleitorais de Barão de Cocais, acatando parecer do representante do Ministério Público, pautou pela decisão a favor da procedência dos pedidos postos nos autos, ou seja, considerou que todos (ou quase todos) os fatos tinham sim, fundo de verdade e deveriam ser punidos com severidade: leia-se, cassação e inelegibilidade.
Não há como fazer analogia entre uma e outra decisão, mesmo por que, são cabeças diferentes, e, certamente pensando de forma diferente. Cada um no seu quadrado.
Eis, entretanto, que, os Procuradores Eleitorais (leia-se: Ministério Público, de novo) opinaram pelo acatamento da decisão posta na sentença (nos processos que apuravam uso da máquina pública, com doação de materiais para fins eleitorais) na cidade de São Gonçalo, contrariando seus próprios colegas de primeira instância. Aí, fica a pergunta, será que os senhores Desembargadores também irão contra os juizes de primeira instância, e determinarão a cassação dos acusados, com a consequente inelegibilidade, ou acatarão a sentença do juiz a quo?
São fatos que acontecem na justiça e que somente se saberá após o julgamento. Nada mais que isso.
Enquanto isso, compete aos vencedores governar, e governar bem, já que o dinheiro que é gasto pelo poder público é do povo, e com o povo deverá ser gasto dentro do que a lei permitir.
Aos vencidos, esperar. Nada mais. Ou mais? Trabalhar, já antevendo uma grande batalha para daqui a, sei lá, algum tempo.
Parafraseando um filósofo, citado por um governante local: O tempo é o senhor da razão...